quarta-feira, 13 de junho de 2012


O som dos pássaros e automóveis
habita a rua fosca, que na noite
tem donas
(mariposas? baratas?)
que fazem de uma vida
a vida toda.
O que ressoa no concreto
existe, apesar do que 
se assevera
em salas ausentes.
Grito
e vejo o dedo em riste,
recebo a mensagem da janela,
triste por lembrar que no cantar
dos carros e dos pássaros,
no apagar da vela,
vela-se a vida e se insite
na existência média
dedignada a ver passar
as luzes que i-luminam
o desvirginar dedicado
da coisidade cotidiana.

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