sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Poema de amor de verões

Queria ter lambido o sal
da sua pele sob o sol
do primeiro janeiro


quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

o sol persiste na pedra
ainda quando se retira
e deixa seu fogo na pele
e no galo que canta
no cair da tarde
ele mesmo se antecipa
e arde do fundo da noite
no rasgo aberto
na garganta e na carne
e povoa a respiração
pesada dos sonos
seja justo ou não

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

a cama nos espera
com as máscaras
da rua
nada de
refeição
silêncio na mesa
e falta de franqueza
carnaval
cachaça
e um pano na boca
queimando
aos poucos
até incendiar
as horas
a prática do desapego
não combina
com fogo
mas com sofás
na sala
do apartamento
aqui
é luta armada
suor e carne
e fome
e baile
e máscara
e cachaça
e um pano na boca
que como chama fala