para M. I.
Desterrados.
Estrangeiros
em
qualquer lugar
compartilhamos sangue e
sono
a partilhar
não há
nada
O avesso
de
permanecermos
mudando
é a memória de não
ficar
Trocamos de paredes
de peles
de bom-dias a ofensas
vidas em sofás.
Não tenho os sonhos
de cura: suor na cara
de procurá-la em mim
sempre fora
de quadro
e divagar
Estamos estranhos
mas já comprei
nossos sorrisos de
festa
não estou de acordo
mas já que não
dormimos
juntos
podemos apenas esquecer
acordar e usar
são normais e brancos
nunca mastigaram
terra
Mas como tudo no mundo
eles também
hão de ficar
banguelas
e passar