O sol suspende a sala
ao atravessar a porta
deslizando pelo piso
e nas paredes refratado
pelo vidro cobrindo
o apartamento com sua
carne que ilumina
os olhos com a luz
da casa de cantos
dos pássaros
de quintal e terraço
de missa e cachaça
revestida de cal e piano
Não há nada que
se possa fazer contra
essa luz que adentra
abruptamente o apartamento
e entrega tudo o que tem
e reintegra à terra
que deixa um ardor nos olhos
uma fissura no concreto
e este desejo urgente
de ficar com este corpo sujo
de cravar o pulso no mundo
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
sábado, 2 de novembro de 2013
Permanecer no sol como
um galo que antecipa o
grito da manhã por
que está dada
a necessidade
de soltar o brilho
pela garganta e deixar
a madrugada em chamas
Galo prenhe do vermelho
com os olhos banhados
à terra que o agarra
espora cravada
ferida pela pele
que queima do calor
do momento e habita a
alvorada aberta na garganta
ao permanecer
um galo que antecipa o
grito da manhã por
que está dada
a necessidade
de soltar o brilho
pela garganta e deixar
a madrugada em chamas
Galo prenhe do vermelho
com os olhos banhados
à terra que o agarra
espora cravada
ferida pela pele
que queima do calor
do momento e habita a
alvorada aberta na garganta
ao permanecer
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