sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

este poema deveria
entregar os corpos
seus gestos no meio
dos carros e a entonação
precisa do palavreado
e o mar de barulhos
que pulsam involuntários
nas veias dos que
comem o asfalto
com farinha
sentindo o calor
do trânsito nas ruas
passeios privados
e o cheiro de verão
gasolina mijo e cigarro
mas é só um escrito
autobiográfico do mundo
que se escreve
como escravo
nas peles que está
encravado
nas travessias que
pelo meio atropela
como se atravessasse
nada
indiferente
a tudo o que arrasta

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