I
Deixo-me consumir pelo
mundo
e subsumido gargalho,
sem ruído, da
deformidade
das fronteiras
que me inscrevem
que me inscrevem
uma legião de outros.
Desconheço a todos,
mas dissimulo a
ignorância
e, à distância, eu
mesmo
lhes impinjo.
II
Se há dor,
não o sinto,
e finjo-me poeta
não o sinto,
e finjo-me poeta
fingindo entregar-se à
terra
que os olhos de fato
comem.
E a vastidão
em que me encontro,
no vácuo da
proximidade,
a vontade me devasta.
Terra arrasada.
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