As moscas do jardim florido estão mortas,
posto que lhes faltam as merdas,
dos vivos que se foram, e
só deixaram a primavera,
sem amantes ou amores,
pusilânime e mórbida.
Enquanto isso, os brancos vivem,
com seus lixos queimados,
enterrados no jardim,
com alvura de livor,
e se negando a decompor,
com o porém da podridão.
Interrompe-se, assim, o ciclo
brutalmente honesto
da vida que vinga no excremento,
nutrindo a terra e alimentando
as moscas, que fazem das fezes
sua fértil morada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário