domingo, 23 de outubro de 2011

E me perco nesses labirintos
de ninguém mas nossos
criando sonhos
de insones insossos
expostos nas galerias
subterrâneas
Cansado e cônsono
do contra-senso

E me corto a cútis
sutilmente
mas o suficiente para o desastre
noturno
da vida sonhada
em esforço fajuto
que finge o aceite
do fato e do feto
mas aborta absorta
com vulgar abordagem
nas paredes que fecham
o recinto do afeto
pra fugir da ferida
fétida dos restos

Indolor, experimento
o quadro absurdo
que fede
à bocejo acre de sono
e rexisto, apesar do silêncio noturno,
confuso
à recusa do que a mim se escusa
Sem prumo, luto
no que acredito:
a experiência lúcida
e presente da pele

Um comentário:

  1. estudando o som ultimamente?
    postei a prosa que vc queria. E acho que vem mais algumas dali...
    valeu pelo incentivo e abraço

    ResponderExcluir