segunda-feira, 6 de junho de 2011

Sem nome (e som)

Aquele som com cheiro de terra
Não enche as vias, mas as bocas
De sentidos metálicos... se toca

Os barulhos doloridos são dos gritos
Com gosto amargo de tempos cerrados... errados
Nós, que engolimos seco e esquecemos ecos

Na hora do espasmo deixamos para o estômago
Que, noturno e áspero, tem espaço para o pus
Quando a garganta inflama da cacofonia... contínua

E nós, enterrando os dias em nicotina,
Às vezes, na boca, não sentimos nada

Nem gosto
Nem barulho
Nem ninguém

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