Não enche as vias, mas as bocas
De sentidos metálicos... se toca
Os barulhos doloridos são dos gritos
Com gosto amargo de tempos cerrados... errados
Nós, que engolimos seco e esquecemos ecos
Na hora do espasmo deixamos para o estômago
Que, noturno e áspero, tem espaço para o pus
Quando a garganta inflama da cacofonia... contínua
E nós, enterrando os dias em nicotina,
Às vezes, na boca, não sentimos nada
Nem gosto
Nem barulho
Nem ninguém
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